Março 2009


Homenagem aos aviadores e mecânico do “Pátria” na Praça do Comércio após a travessia aérea

Poster da viagem Lisboa-Macau de 1924, que saíu da Amadora até Vila Nova de Milfontes e só depois iniciou a viagem para Macau em 07-04-1924. (Do livro “Na Esteira do Pátria” de Henrique-Mateus.)

No longínguo ano de 1924… a 2 de Abril – Começo do raid aéreo Lisboa – Macau, realizado pelos aviadores Brito Pais e Sarmento Beires, a bordo do avião Pátria.
20 de Junho – Termina o raid aéreo Lisboa – Macau, a bordo do Pátria II, avião de substituição do original, que se tinha despedaçado na Índia.
O velho avião Breguet 16 BN 2, de bombardeamento nocturno, baptizado “Pátria”, equipado com motor Renault de 300 cv, modelo 1919, foi o que foi possível comprar com o apoio de privados e subscrições populares.
Mais informações e memorabilia sobre esta viagem podem ser vistas in loco no Museu do Ar em Alverca do Ribatejo.
Cartaz publicitário: década de 1950/60
o hotel ficava na Praia Grande

Filme de 1936 onde Humprey Boggart, ainda actor secundário, tenta aterrar em Macau durante um tufão.

Há o filme e há o avião…

Hidroavião de transporte de longo alcance M-130, para cinco tripulantes. O Martin M-130 foi uma aeronave onde verdadeiramente a fama superou em muito o número produzido.
Projectado e produzido pela Companhia Glenn L. Martin, este hidroavião fez o seu vôo inaugural em dezembro de 1934, e tinha como objectivo atender o interesse da Pan American Airways numa aeronave para travessia trans-oceânica. O M-130 era todo em metal com linhas aerodinâmicas modernas e motores potentes para se enquadrar nas especificações de alcance e carga da Pan Am. Apenas três unidades foram fabricadas e vendidas à Pan Am. Para a Martin, o M-130 era conhecido como Transporte Trans-oceânico Martin, porém para o público ficou conhecido como “China Clipper”.
Em 1942, as aeronaves foram destacadas para serviço de guerra, como aeronaves de transportes da Marinha Americana, porém não receberam designação naval. O modelo M-130 tinha quatro motores Pratt & Whitney R-1830 com 830HP de potência cada. A envergadura era de 39,62m e o comprimento de 27,62m. Suportava peso máximo de decolagem de 23.590Kg; atingia a velocidade máxima de 322Km/h, com alcance de 5.150Km e teto de 5.330m. A aeronave não teve armamento instalado e possuia 46 assentos.

Film Noir” visualmente dramático e sensual dirigido por Joseph von Sternberg com o famoso par Robert Mitchum e Jane Russell, cuja química na tela é electrizante.
Este filme passa-se na costa sul da China, onde se agrupa uma série de pitorescos personagens que encenam um jogo de subterfúgios nas casas de jogos, hotéis, ruas e docas da (então) colónia portuguesa, Macau.
Nicholas Ray, realizaria posteriormente novos “takes” para complementar este filme com 120 minutos de duração. Intrigante e belo!
O Museu Marítimo da Austrália Ocidental encontrou a 29 de Abril de 1008 um navio português afundado em 1816. O “Correio da Azia” fazia a ligação Lisboa-Macau. O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura australiano. Com o navio foram encontradas cerca de mil moedas de prata espanholas, dois canhões, âncoras, lemes, um grande lastro e um sino de bronze.
A história do “Correio da Azia” permanece desconhecida porque o incêndio, há alguns anos, nos serviços onde está instalada a Marinha fez desaparecer muitos documentos. O Museu Marítimo da Austrália Ocidental indica, no entanto, que alguns sobreviventes do naufrágio conseguiram chegar até Macau no barco de salvamento e regressaram a Lisboa, numa embarcação chamada Emília.A informação do navio tem por base o diário do capitão do Emília, Luís António da Silva Beltrão, que escreveu que seguiam a bordo do seu navio alguns tripulantes do “Correio da Azia” e o seu ex-capitão, João Joaquim de Freitas.
Com a descoberta do navio, o Museu termina uma busca que durava há mais de 16 anos, segundo o Ministério da Cultura australiano.O naufrágio do navio era desconhecido até 1988, quando documentos importantes, incluindo o diário do capitão, foram descobertos em Lisboa. Desde então, o Museu Marítimo da Austrália Ocidental destacou três expedições para encontrar o navio, sem sucesso até agora.A localização exacta do “Correia da Azia” vai permanecer confidencial até o Museu recuperar peças para identificação e estar estabelecido um plano para garantir a preservação do local. Em declarações à Agência Lusa, o director do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática congratulou-se com a descoberta do “Correio da Azia”, encontrado por “uma das mais famosas equipas de arqueologia subaquáticas”.

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